Modelo ficou mais potente e robusto com nova suspensão, mas preços subiram até R$ 26 mil. Fiat Titano 2026 tem motor 2.2 de 200 cavalos
A Fiat realizou, neste mês de julho, a atualização oficial da linha Titano 2026, reposicionando sua picape média no mercado brasileiro. A principal mudança está no conjunto mecânico: o antigo motor 2.2 turbodiesel deu lugar a um novo propulsor Multijet 2.2, que mantém a mesma cilindrada, mas passa a entregar 200 cv de potência e 450 Nm de torque. Além disso, a Titano ganhou câmbio automático de oito marchas, suspensão recalibrada e a inclusão de sistemas de assistência à condução (ADAS) na versão topo de linha Ranch.
O lançamento da linha 2026 foi acompanhado de um teste dinâmico no Autódromo dos Cristais, em Curvelo (MG), onde o modelo foi avaliado em diferentes situações de uso — pista, rodovia, calçamento irregular e trilha off-road. As mudanças foram projetadas para corrigir pontos técnicos da linha anterior e torná-la mais competitiva em um segmento disputado por Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger.
Em desempenho, a Fiat Titano 2026 mostrou evolução perceptível. O ganho de 20 cv resultou em aceleração de 0 a 100 km/h reduzida de 12,4 segundos para 9,9 segundos, segundo dados oficiais. Esse avanço se refletiu no uso em rodovia, com ultrapassagens e retomadas mais ágeis. O câmbio automático, agora fornecido pela ZF e com oito marchas, substitui a antiga caixa de seis velocidades e apresentou trocas suaves e escalonamento mais adequado tanto para uso urbano quanto em situações fora de estrada.
Outro destaque foi a adoção de freios a disco nas quatro rodas em todas as versões. Na condução prática, as frenagens se mostraram mais consistentes, transmitindo maior segurança. A direção elétrica, novidade para a linha, também contribuiu para melhorar a dirigibilidade e reduzir o esforço em manobras.
A recalibração da suspensão dianteira e traseira tornou o comportamento dinâmico da picape mais previsível. Em pisos de baixa qualidade, comuns em rodovias brasileiras e áreas rurais, o conforto ao rodar evoluiu, com melhor absorção de irregularidades e menor transferência de impactos para a cabine. Em trilhas, o assistente de descida e o novo sistema de tração 4×4 On Demand — que ajusta a distribuição de torque automaticamente — ampliaram a capacidade de enfrentar aclives e rampas acentuadas, agora com até 45º de inclinação.
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No interior, as mudanças são mais discretas. A nova alavanca de câmbio tipo manche e o freio de estacionamento eletrônico modernizaram o console central. A central multimídia de 10 polegadas manteve suas dimensões, mas passou a oferecer integração sem fio com Android Auto e Apple CarPlay, além de câmera 360° com visão 3D e recursos específicos para uso off-road. A versão Ranch também ganhou painel digital colorido de 7 polegadas, que permite acompanhar informações de segurança, como frenagem autônoma e alerta de colisão.
Em acabamento, a Titano 2026 permanece com predomínio de materiais rígidos, mas entrega bancos de couro com ajustes elétricos nas versões superiores e saídas de ar e entradas USB para o banco traseiro. O espaço para passageiros atrás segue o padrão das picapes médias, com encosto mais vertical e espaço restrito para adultos em viagens longas.
Visualmente, as alterações se limitam a novo skidplate dianteiro e para-choques traseiro redesenhado. A linha 2026 também inclui duas novas cores: Cinza Silverstone e Branco Alaska.
Os preços subiram em relação à linha anterior: a versão Endurance MT 4×4 custa agora R$ 233.990 (+R$ 14 mil), a Volcano AT 4×4, R$ 263.990 (+R$ 24 mil), e a Ranch AT 4×4, R$ 285.990 (+R$ 26 mil). Mesmo com a alta, a Fiat busca reposicionar a Titano com argumentos técnicos mais sólidos para competir de forma equilibrada no segmento, embora o bom custo-benefício da fase inicial tenha se atenuado.
